O QUE ME LEVOU
AO MOSAICO?
Nascida em São Caetano do Sul, Leila Miranda dedica-se há 22 anos a atividades artísticas, especializando-se na Arte Musiva.
Sempre trabalhou em período integral no mundo corporativo, na área de Recursos Humanos. As noites foram reservadas para os estudos acadêmicos, passando pelo Ginasial, Colegial e, posteriormente, pela Faculdade de Serviço Social. Para compartilhar como havia sido o dia de trabalho e de estudos, sua mãe a esperava com jogos no estilo puzzle e quebra-cabeças.
Nesse momento de acolhimento, entre confidências, montavam paisagens, castelos europeus, faunas e floras, composições de até 5000 peças. Foi nesse ambiente que Leila desenvolveu a paixão e a paciência para a arte do mosaico.
Seu início na técnica ocorreu com um pequeno martelo, diminuindo em pedaços os azulejos lascados retirados da cozinha.
Até hoje, mantém dois quadros feitos com essa técnica:
Primeiro Curso
No ano de 2002, fez seu primeiro curso de mosaico em São Paulo, com a Mestre Mosaicista Marcela Muñoz. Foi apresentado às ferramentas que cortam e lapidam as tesselas, às técnicas e à diversidade da matéria-prima que enriquece a arte do mosaico.
Com a mudança para o Nordeste, em Fortaleza, montou um ateliê onde passou a receber encomendas de utilitários, placas sinalizadoras, bancos para piscinas, painéis e mesas para ambientes externos. No colorido dos peixes, sua criatividade se libertava.
Em São Paulo…
Buscou cursos para se especializar ainda mais na arte. Foi então que conheceu o Mestre Mosaicista Evaldo Eras, que até hoje ministra cursos gratuitos na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos (SP). Participou de diversos cursos, incluindo os níveis básico, intermediário e avançado.
Em 2011, fez um curso especial sobre Mosaico Bizantino, no qual criou um painel do Rei de Bizâncio, Justiniano, grande incentivador do mosaico em seu reino.
“Se essa rua, se essa rua fosse minha…”
Quando Leila percebeu já havia ladrilhado não a rua, mas a cidade com pedrinhas coloridas e de um modo muito singular. Basta zanzar pelo Centro de Monteiro Lobato (SP) para encontrar um sem-fim de números, muros e sinalizações de singela beleza, feitos com uma técnica original: o mosaico. Abraçou o Vale do Paraíba como lar e levou consigo a paixão e a habilidade por essa arte, que já desenvolvia há quase uma década. Bastou fazer o número de sua casa em mosaico, que outros moradores lhe pediram que fizessem os seus. Daí para donos de empreendimentos estenderem a ideia às marcas e aos nomes em suas fachadas, foram dois pulinhos.
Hoje, os mosaicos das ruas só rivalizam em graça com os de seu ateliê, onde obras com motivos e tamanhos mais diversos são um verdadeiro deleite para os olhos.
Conheça algumas dessas obras: